Resenha XIV
A partir das teses defendidas por Lahuerta
e Marta Carvalho, discorrer sobre:
a) O
papel simbólico-político dos modernistas da configuração do Estado-Novo.
Lahuerta nos
apresenta a década de 20 e a produção cultural e educacional com intuito da
republicanização da República Brasileira com uma subdivisão entre: intelectuais (Estado Novo – Getúlio
Vargas – 1937 – 1945) e o movimento
modernistas é em sua gênese paulista; e o outro lado é os profissionais (Educação, Medicina e Engenharia) a concentração
se dá no Rio de Janeiro-RJ com a ABE (Associação Brasileira de Educação –
1924).
O pressuposto básico
nesta época da década de 20: a realidade
é complexa entre consensos e divergências, o elemento consensual é a crítica
à república oligárquica. O objetivo, o
papel simbólico-político é pensar em unificação nacional: trabalho, educação, a
saúde e cultura. As ações políticas pós 30 são centralizadoras.
Os intelectuais
exerciam outras atividades para garantir a sobrevivência.
b) A
ação organicista e higienista da ABE e o seu papel político na idéia de 20.
A autora Marta
Carvalho cita a tese de Jorge Nagle “os herdeiros da República” com o movimento
pelo entusiasmo dos pensadores pela
educação – são técnicos pedagógicos.
Marta utiliza o
clássico da Historiografia do Brasil – Jorge Nagle, mas critica-o dizendo que o
movimento não é só técnico, mas essencialmente político, ou seja, desenha um
projeto educacional brasileiro (ABE).
Marta tem influências
Foucaltinianas, baseia-se nos discursos produzidos nos espaços
micro-institucionais (ABE) que são elementos chaves para compreender a
desumanização do sujeito, ou seja, uma realidade
condenada, caótica : a educação com a formação de novas elites e a massa
que deve ser assim: produtiva, higienizada e moralizada. Portanto, em tese
afirma que os discursos da ABE são propostas políticas de um projeto da nação
brasileira, em seu bojo, os discursos.
Taubaté, 08 de junho
de 2006.
Sérgio Augusto
Moreira
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