Resenha XV
Globalização
como Ideologia.
Seminário pós (Latus sensus - UNITAU)
A
globalização é uma boa desculpa.
Autores que
discutem o que é ideologia: Destutt
Tracy (ideólogo – francês) o conceito ideologia foi inventado por ele
como “ciência das idéias”, ou seja, um significado positivista.
Eagleton: conceitua ideologia como idéias falsas que
ajudam a legitimar um poder político dominante.
John
Thompson: conceitua assim: “pois
a vida social é até certo ponto, um campo de contestação em que a luta se trava
de palavras e símbolos como pelo uso da força física”. (p.54)
Ideologia
para Thompson é uma parte
integrante dessa luta, sustentada e reproduzida, contestada e transformada,
através de ações e interações.
Thompson caracteriza em 5 (cinco) modos de operação da
ideologia: 1 – Legitimação; 2 –
Dissimulação; 3 – Unificação; 4 – Fragmentação; 5 – Reificação. Todas estas
características perpassam, contribuem para a ideologia da globalização,
principalmente, da Reificação.
Momento Histórico da Ideologia da Globalização: A queda do Muro de Berlim, o veículo de propagação
ou massificação é a Mídia, contendo
o liberalismo (1980 – competitividade) e neoliberalismo (Welfare State).
No Brasil:
FHC critica em sua obra sobre a globalização, mas na prática como político
abandona seus próprios princípios, se é que tinha algum! E coopera com a
Globalização em nosso país: com a privatização das estatais, elevação do PIB
(divida externa), altas taxas de juros, etc.
PERGUNTA – CRÍTICA: Até que ponto o governo
FHC não caiu em um vazio ético e sucumbiu à idolatria do mercado? E que este
vazio ético/moral persiste no governo Lula? O que é possível fazer em relação à
globalização como ideologia sendo que é disseminada como “idéias falsas”, como
uma “dialética da vida social”?
CITAÇÃO: “(...) a idéia de que a globalização é um
fenômeno inelutável e incontrolável, como se fosse algo natural,
ahistórico, escamoteando o fato de que se trata de um processo histórico criado
pelas sociedades humanas”. (p.54)
Adorno para reforçar a idéia de barbárie: “Entendo por
barbárie algo muito simples, ou seja, que, estando na civilização do mais alto
desenvolvimento tecnológico, as pessoas se encontrem atrasadas de um modo
peculiarmente disforme em relação a sua própria civilização(...), mas também
por se encontrarem tomadas por uma agressividade primitiva, um ódio primitivo
ou, (...) um impulso de destruição, que contribui para aumentar ainda mais o
perigo de que toda esta civilização venha explodir, aliás uma tendência
imanente. (ADORNO, T. W. Educação e Emancipação, 3ª edição. Editora: Paz e
Terra, Rio de Janeiro, 1995, p.155)
Sérgio Augusto Moreira - SAM
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