Mito da Caverna (Platão)
A Alegoria da Caverna: Resumo e
Perspectivas Atuais
Pensemos numa caverna subterrânea habitada por
homens aprisionados desde a infância, gerações após gerações. Estes obrigados a
permanecer na mesma posição, olhando apenas para frente, como cavalos em suas
rédeas não são capazes de enxergar a luz exterior que entra na fresta da
caverna, captando apenas as sombras de todo mundo ignorando por eles. Logo,
julgavam eles serem as sombras a própria realidade.
O que aconteceria a estes humanos caso fossem forçados a saírem da caverna? Como não estão habituados, em um primeiro momento, suas vistas iriam doer, ficariam cegos com a luz do sol que outrora só conheciam pela reflexão da parede cavernosa. E por fim, acabariam por contemplar a própria realidade antes desconhecida por eles. Acaso tentassem libertar outros prisioneiros, o que lhes aconteceria? Seriam vítimas de zombaria, espancamento e até possivelmente morte.
Embora a Teoria de Platão tenha sido escrito há muitos séculos, permanece atual e coerente com a situação em que o ser humano encontra-se. Assim como aqueles homens primitivos viviam num mundo alheio a realidade, somos também prisioneiros de nossa própria mente, de nossa própria rotina e sociedade. Nossa mente está acostumada a seguir caminhos fáceis e repetitivos. Pensar acarreta em experiências novas, que podem ser doloridas, entretanto, necessárias à evolução.
Jamais,
porém, devemos nos esquecer de contemplar o mundo maravilhoso que nos cerca, ao
invés de contemplá-lo por imagens geradas pelas descobertas do próprio homem,
como a televisão e Internet.Nossa mente é muito mais que um cérebro preso ao
crânio, não devemos nos prender somente ao que enxergamos. Precisamos abandonar
a inércia que habita nossa mente cavernosa e abrir novos horizontes, realizando
assim nossas próprias descobertas.
Bibliografia
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo:
Editora Ática, 1999. (p. 40-41)
PLATÃO. República, VII. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa, Gulbenkian, 1983.
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