MISERICÓRDIA
“Não quero sacrifício, quero misericórdia.”
(Jesus Cristo)
Quando perdemos tempo em
sacrificar-se cotidianamente, Jesus nos mostra que devemos nos concentrar em
fazer a vontade do Pai, que é o Pai das Misericórdias.
Há uma diferença interessante entre sacrifício
e misericórdia. Então, ao mesmo tempo, que sacrifício se distancia da
misericórdia, eles também se aproximam, como se fossem extremos de um elástico,
que quando esticados, os extremos se distanciam, sendo que quando não
esticados, os extremos se aproximam, e são do mesmo elástico.
Explicando melhor esta analogia, o
elástico é o homem, a sua ação, tendo como extremos: o sacrifício e a
misericórdia. Enfim, tudo se concentra na atitude humana, que pode ser
sacrificante, mas também misericordiosa, depende, no que o homem está focado
naquele instante. Então, lembrando a analogia, o homem é o elástico que pode se
arrebentar tanto para o sacrifício como para a misericórdia, ou não; por que o
elástico pode ser resistente. Aliás, para saber se o elástico é resistente, só
testando para saber, assim é com o homem em suas atitudes.
Se o homem precisa ser testado para
saber se é resistente ou não, então, Jesus Cristo, como modelo perfeito de ser humano, na qual representa à vontade
de Deus Pai, nos instrui e revela à vontade de Deus no momento que decidimos
agir com misericórdia e não com sacrifício.
Aliás, no Antigo Testamento temos a
história de sacrifício de Abraão. História de fé e de entrega total à vontade
de Deus Pai. Deus ordena que Abraão sacrifique seu único filho, Isaac. Logo em
seguida, dada à ordem, Abraão apressa-se a executá-la, levando teu filho para o
sacrifício subindo o monte. Chegando lá, Abraão vai sacrificar teu único filho
Isaac, aparece o anjo e o ordena que pare, e sacrifique um cordeiro no lugar do
teu filho.
Porque Deus manda parar o sacrifício
de Isaac? Será que é para testar a fé de Abraão?
Porque Deus poupa o único filho de
Abraão, mas não poupa seu único filho, Jesus?
Será Deus, um Pai severo?
NÃO, pelo contrário, Deus é o Pai
das Misericórdias.
O episódio do sacrifício de Abraão
com seu único filho, Deus prova até as últimas consequências, para saber dentro
do livre-arbítrio, se Abraão reconhece Deus, como único Deus. Não só reconhece
como tem total confiança Nele.
Em contrapartida, este episódio
demonstra a imensa compaixão de Deus para com suas criaturas, especialmente,
com Abraão. Deus conhece o nosso coração, que é feito de carne e sangue. Deus
sabe da agonia mortal de Abraão, na qual se apodera no coração dele, e, Deus vê
e comprova a tamanha fé de Abraão. Deus sente tudo isto e se compadece. Eis o
amor incondicional e eterno para com suas criaturas que respondem ao teu
chamado.
Abraão é um homem de fé, é um homem
escolhido de Deus. Naquele momento que Deus cancela tua ordem, Deus Todo
Poderoso, Onisciente e Onipresente, se humilha perante tua criatura, Abraão.
Até parece que Deus precisava fazer isto! Claro que não! Acontece que Deus ama,
sempre amou, e sempre vai amar suas criaturas, quiçá, os seres humanos que são
dotados de inteligência e ainda mais, aliás, são a imagem e semelhança de Deus.
Deus ama tanto a humanidade que fica
maravilhado com o que o próprio homem potencialmente pode chegar. Se sem Deus,
o homem contemporâneo faz muitas interessantes, porém, superficiais,
tecnologicamente falando; imagine com Deus, o que homem pode realizar,
justamente, “O impossível”, como diz a palavra de Deus: “Para Deus, nada é impossível.”
Então, neste episódio, fica claro
que o sacrifício é puramente humano, e a misericórdia é unicamente divina. Deus
é imensamente Bom e Misericordioso, como diz o salmista: “Dai graças ao Senhor, porque ele é Bom e Eterna é a sua Misericórdia.”
Mas, então, Por que Deus quer o
sacrifício de seu único filho amado, Jesus Cristo?
Parece contraditório, Deus está
acima de qualq uer lógica humana.
No Antigo Testamento, Deus age de misericórdia com Abraão, por ter piedade do
sofrimento humano de um Pai para com seu filho, aliás, Abraão e Isaac, seriam
os protótipos futuros do diálogo constante de Jesus Cristo com Deus Pai Todo
Poderoso, especificamente, quando Jesus está no horto das oliveiras, tentado
por satanás a abandonar a vontade do Pai, mas Jesus ora ao Pai que se faça a
vontade do Pai, e Jesus mantém este diálogo com Deus Pai todo caminho do calvário
até o sacrifício da cruz, pela redenção de toda humanidade e libertação de
todos os pecados.
Por intermédio de Jesus Cristo,
Nosso Senhor, a humanidade foi salva, na sua total humilhação e entrega na
cruz. A humanidade inteira é redimida pelo seu preciosíssimo sangue derramado
na cruz por cada um que veio e virá a existir neste mundo, eis o Amor de Deus,
derramado em todos os corações dos seres humanos trazendo a renovado esperança
e vida em abundância.
É exatamente neste momento da
história humana, a vindo do Messias – Jesus Cristo, a sua vida, seus milagres e
curas, o seu sofrimento e morte de cruz, que decretam definitivamente a vitória
do amor eterno e misericordioso pela humanidade. A cruz é o símbolo da vitória
do bem, da vida, do amor, da vitória sobre o sacrifício, sobre o sofrimento,
sobre a morte.
O Sagrado Coração de Jesus e o
Imaculado Coração de Maria triunfam brilhantemente a misericórdia divina.
Então, o sacrifício de Jesus e Maria, mãe de Deus e nossa, decretam o amor
incondicional de Deus por nós.
Aliás, Jesus morre na cruz,
sacrifica sua própria vida por todos, sem exceção, todavia, Jesus ressuscita no
3º dia, no Domingo de Páscoa, na qual simboliza a passagem da morte para a
vida, e a vida em plenitude, oferecida à todos aqueles que acreditam no poder
do preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo, que liberta de qualquer escravidão do
pecado. Ele é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim.
Jesus Cristo é a realização plena da
vontade do Pai.
Todo joelho se dobrará, diante do
nome de Jesus. O nome de Jesus é o selo todo poderoso que Deus sela a entrada
dos homens para a eternidade, se merecerem.
Mas
para que tudo isto se sucedesse, foi preciso o “SIM” de Maria.
Abaixo
do nome de Jesus, está o nome de Maria. Maria, Mãe de Deus, Mãe da obediência,
que nos ensina como devemos alcançar a misericórdia divina, primeiramente, é
através da santa obediência que experimentamos a Misericórdia, logo depois,
viver uma vida casta e silenciosa, na qual significa uma vida totalmente entregue
aos Planos de Deus. Isto tudo expressa a íntima relação de Maria com Deus Todo
Poderoso.
Maria,
Rainha da Paz, por que teve misericórdia dos algozes que flagelaram, zombaram,
bateram, crucificaram, mataram seu filho, Jesus Cristo. Maria é feliz, é a bem-aventurada
das bem-aventuranças.
Maria
representa o amor materno de Deus para com toda humanidade. Como quem ama,
cuida e acalenta em teu colo de mãe. Maria, a intercessora, junto à seu filho
Jesus.
Retomando
o exemplo de Abraão, então Deus realiza plenamente em Jesus Cristo na cruz, e
anteriormente, no “SIM” de Maria, a junção do sacrifício com a misericórdia.
Eis o segredo da salvação das almas pecadoras.
Deus
foi até o fim com teu plano salvífico. Imagine quanta dor Deus sentiu ao ver
todo o sofrimento do teu filho muito amado, Jesus desde horto das oliveiras até
o calvário? Deus realizou o que Abraão não realizou, por que Jesus é Deus. Na
verdade, se pararmos para refletir, Deus se auto sacrífica no seu filho Jesus,
que é Deus. Então, Deus sentiu muito toda a dor de Jesus, cada bofetada, cada
injúria, cada chicotada, cada cusparada, cada prego adentrando em tua carne.
Jesus morre vai até os infernos e ressuscita, ascende aos céus gloriosamente.
Jesus
é o nome de todo poder no universo inteiro. É o nome da salvação, da paz, da
alegria eterna. É o nome da misericórdia. Lembrando que misericórdia, é a
miséria do coração, por isso, você não acha que Jesus não se humilhou demais
por todos nós? Será que Deus não se humilhou demais por causa destes homens pecadores
ingratos?
Deus
é Bom e eternamente misericordioso...
SAM
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