Omissão x Mentira
Omissão
x Mentira
O que é pior, omitir ou mentir?
Todo ser humano mente, faz parte da sua natureza, porém,
omitir a verdade, ou, aquilo que se acha que é a verdade, já não é tão
frequente assim.
A Mentira é quase nossa segunda pele para sobreviver neste
mundo, o mundo dos espertos. Venhamos e convenhamos, a máscara da mentira se
torna a verdade imposta pela sociedade neurótica em nome da sobrevivência, “a
lei da selva”, então, vence o mais forte, vence o mais dissimulado, vence o
mais superficial, o mais aparente. Mentira é a pílula ou o placebo que tomamos todos
os dias para mantermos socialmente aceitos pelos “Alters” – outros, que nos
julgam, avaliam, medem nosso jeito “diferente de Ser”, afirmando e
questionando: “Quem ele pensa que é?” Ah! Sou o oposto de você, sou tão
mentiroso quanto você, sou seu concorrente.
Digo concorrente,
porque tomo como viés a filosofia de Thomas Hobbes quando ele denomina a
natureza humana como “lobo solitário”, “like animals”, sim, somos animais racionais que tem
declarado uma guerra de todos contra todos, a desconfiança impera neste tipo de
relação, principalmente, num ambiente de trabalho, por que o outro não me
conhece, mas me julga que conhece, e acha no direito de dizer como você deve
ser e se comportar, “Quem é você, “alter”?”
Sendo assim, a pílula da verdade “a mentira” é viável para
suportar o que nos parece insuportável (imagine uma guerra de todos contra
todos), podemos neste contexto que a mentira é boa, por que quem aguentaria “a
verdade nua e crua” sobre você? Por que quem suportaria a verdade na
cara?
Ninguém suportaria a verdade nua e crua, pois, ela seria
violenta, brusca e chocante para todos nós. Não estamos preparados para tal,
somos criados e educados para mentira, para a corrupção, principalmente, em
nosso querido país Brasil. Quem não se corrompeu ao menos por algum momento?
Quem conseguiu dominar esta tendência perniciosa do nosso caráter, do nosso DNA
brasileiro? Temos santos em nosso meio?
Somos bons na mentira, eis, a nossa arte, mas não somente
os brasileiros, mas todo e qualquer ser humano, mas na atual conjuntura em que
nosso país se encontra, a mentira impera em todos os ambientes, fumaça
tenebrosa que corrompe consciências puras e virtuosas, consciências que eram
preservadas na moral cristã, porém, agora se tornam alquebradas e escravas do
vício, do vício frenético da mentira, do vício da acomodação, do vício da
preguiça, do vício da arrogância, do vício do status quo.
O que fazer nesta situação?
Mentir o menos possível? Mentir para o bem? Existe
mentira para o bem? Será a mentira a verdade mais bem contada na face deste
mundo terrestre? Não sei. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Significa que estamos vivendo numa época tenebrosa, sem a Luz que é Jesus,
Nosso Senhor, sem o Caminho e a Vida que é Jesus Cristo, sem a Verdade como
farol para seus passos nesta escuridão, Verdade esta que é Jesus, sim Jesus
Cristo é o Nosso Senhor.
Sobre a omissão prima tímida da mentira ocorre no
silêncio da palavra mentirosa não proclamada.
Omitir é pior que mentir?
Bom, se nós pensarmos a partir da seguinte observação que
omitir é a mentira não dita, porém, toda mentira um dia será descoberta, então,
omitir é pior que mentir.
Mentir e assumir que mentiu, com certeza é melhor que
omitir não assumir depois que descobrirem a tua omissão.
Omitir é uma atitude de fechamento e de não
responsabilidade, ou seja, eu não assumo o que pensei, o que fiz. Eu omito, por
que é melhor, eu não disse nada, e o não dizer nada é a prova que não fiz nada.
Omito para não responsabilizar-me de qualquer coisa, por que sigo a ideologia
de que somos perfeitos e não podemos errar, mentir é pecado, então não posso
mentir, mas posso omitir.
Se mentir é pecado da fala, a omissão é o pecado do
pensamento.
Ninguém é perfeito, somente Deus Pai Todo Poderoso é a
fonte da perfeição, e Jesus Cristo, Nosso Senhor, é o Filho muito amado,
Perfeitíssimo.
Neste sentido, creio que a omissão é mais perigosa do que
a mentira. Veja bem, quando omito algo, escondo a verdade com a mentira, e,
quando minto sobre algo, é para me proteger das pressões externas, escondo as
palavras, não por muito tempo, pois, quando elas vêm á tona, tudo desmorona.
Ambos são contra face dita (mentira) e não dita (omissão)
da verdade, em outras palavras, os extremos da verdade, o extremo da falta
(omissão) e o extremo dos excessos (mentiras). A Verdade está no justo meio
conforme diria Aristóteles. Aproximar ao centro da Verdade é afastar-se dos
extremos tanto da mentira como da omissão. A Verdade é o farol nesta escuridão
da vida, mas toda verdade tem seu preço.
Vós estais dispostos a pagar seu preço?
Prof. Ms. Sérgio
Augusto Moreira – 02/07/2015 – 13:32 h
Muito bom esse material de estudo e reflexão. Gostei muito. Complementa algo que eu já estava estudando sobre a filosofia de Kant. Obrigada pelo texto.
ResponderExcluirDisponham. Viva a liberdade de expressão do pensamento crítico...
ResponderExcluir