Education
Education: Is it only way
for our country?
O
que pensar quando destroem sorrateiramente a última tábua de salvação para o
nosso país: Brasil? Education.
Você é educado para quê?
Para mandar ou obedecer, para surrupiar ou roubar, para
se corromper ou para se vender, para matar ou promover a vida, para calar-se ou
gritar nas ruas o sofrimento do povo brasileiro com esta podridão toda no
Congresso em Brasília (não só o povo brasileiro, mas todo povo sofredor).
Para que você é educado? O que é ser educado no mundo de
hoje neste processo civilizatório imposto pela cultura ocidental da razão
esclarecida?
Ser educado, hoje em dia, é ser um bom cidadão? Ser
educado é ser um homem civilizado? O que entendemos por civilizado? Somos
Educados ou Adestrados?
Quando penso em educação, penso nos fundamentos de uma
boa vida para qualquer ser humano, de qualquer país, de qualquer época como: a
Liberdade e a autonomia do sujeito. Liberdade é consequência da prática
constante do livre pensar com responsabilidade. “Sou livre quando respondo por
meus atos” (Santo Agostinho) Isto gera a autonomia do sujeito. Liberdade requer
responsabilidade que gera autonomia no sujeito que busca a verdade e a
liberdade de expressão.
Não sou pensado por nenhum ser humano e sim por Deus, sou
fruto do exercício constante do uso consciente e responsável que faço das
minhas decisões e atitudes, do meu próprio pensar, portanto, do meu próprio
existir cartesianamente falando. Sou dono de mim mesmo, minha autonomia é constructo do meu esforço intelectual de
me situar e colocar as minhas próprias regras para bem viver neste mundo
caótico. Não sou adestrado, e nem alienado o suficiente para fingir o que sei
sobre o que vejo e penso. Sei exatamente para onde vou e quero ir, é para isto
que fui educado, dentro das minhas vivências, das minhas escolhas, eu me
construi com a ajuda de Deus Pai criador de tudo o que há, o que foi e o que
será.
Minhas falhas são minhas, mais de ninguém, por isso,
chamo autonomia, o mundo do Sérgio, eu criei minhas próprias regras, não tirei
do nada, mas essencialmente do que li, estudei e acredito. Pode parecer
egocêntrico da minha parte, mas não é, Sou fruto do que fiz ou não fiz, do que
pensei ou não pensei, do que comi ou não comi, do que falei ou não falei. Sou
rastro de mim mesmo, tanto faz se for rastro bom ou ruim, Sou rastro que deixa
marcas em mim mesmo, e também na vida dos outros.
Ser educado é deixar ser impactado, afetado pelas
influências sócio-ambientais e economicamente falando. Contudo, este impacto é
amenizado com os arcabouços históricos das nossas vivências, quanto mais Empiria mais Ratio melhor.
O processo civilizatório se desdobra numa dialética entre
o viver (existir) e o vir a ser (futuro) tendo como síntese as
suas vivências. Neste entrelaçamento
do ser e do vir a ser transforma o sujeito histórico em cidadão oscilante na
teia do real que balança com os ventos do social econômico. O cidadão no viés
dos direitos somente com o bolso cheio terá maior probabilidade de ter seus
direitos assegurados e seus deveres são pagos para outrem cumprir em seu lugar,
ao passo que, o cidadão no viés dos deveres somente com o bolso vazio não terá
seus direitos assegurados, contudo, terá mais deveres a cumprir para sanar a
falta de dinheiro constante. Eis a dialética do cidadão socioeconômico.
O homem civilizado é sinônimo de ignorância podre dos
capitais (bens acumulados), entretanto, o homem educado é sinônimo de luta do
sujeito quebrado que constrói uma identidade com base nos princípios da
liberdade, da responsabilidade e do altruísmo social. Porém, o segundo tipo de
homem está extinção, homem educado – animal em extinção.
Civilizado na contemporaneidade significa um ser humano que
saiba ler, escrever, assinar seu nome, ter uma conta bancária, ter um emprego
registrado ou ser trabalhador autônomo, ter uma casa própria, ser um bom
pagador de contas. No entanto, ser civilizado não significa ser honesto, pois,
tem tanto cidadão civilizado inteligente que rouba descaradamente o nosso país.
São letrados, acadêmicos.
O Civilizado tem como característica preponderante a arte
da retórica, domínio seguro da língua mãe, sabe falar bem, sabe persuadir bem
qualquer um, um bom político sofista. Entretanto, o educado é um homem bom,
trabalhador, honesto em extinção. Numa leitura marxista, eu diria assim: os opressores (civilizados) x os oprimidos
(educados).
Nem sempre o cidadão é o civilizado e o educado é o
cidadão, vice-versa. Boa formação equiparada a boas condições financeiras não
garante status de pessoa educada, mas de cidadã sim. Isto significa dizer que
pobre não tem vez? Nem sempre, porque não podemos subestimar ninguém. Todos
podem, Todos conseguem, o que sobra para todos nós é a luta cotidiana contra
tudo e todos. A luta consciente, ou, inconsciente, o que o pobre não sabe, no
final das contas, quem ganha é ele mesmo, mesmo que a sociedade diga o contrário.
Ele ganha na vida fundamentada em princípios e valores que só aparecem com luta
diária, que cristalizam sua individualidade e sua identidade.
O pobre sabe quem ele é, sabe do seu valor, sabe o valor
da vida, sabe o valor do trabalho, sabe o valor do outro, sabe o que é ser
honesto, sabe o que é ser fiel, sabe o que é amar, porque amar é sofrer e
sofrer é uma constante. Por isso, Sou pobre.
Condicionados sim, adestrados não. Todos nós somos condicionados, começando pela
condição econômica das nossas famílias. Se nasceu em “berço de ouro” terá vida
de rei, se nasceu pobre terá vida de escravo, porém, nem sempre os que nascem em
“berço de ouro”, serão reis; o fator condicionante do existir dependerá de suas
escolhas, suas trajetórias educacionais, suas leituras, se esta trajetória for
bem sucedida, você estará quase pronto para viver bem na sociedade, mas nem
sempre é assim, depende muito do uso do “livre-arbítrio”
que Deus te deu gratuitamente. Nem sempre os pobres serão os fracassados, se
eles lutarem e aproveitarem as oportunidades de crescer intelectualmente
através do gosto pela leitura, com certeza, será seu trampolim para viver, pelo
menos, dignamente com sua família.
Enfim, o fator condicionante em nosso existir sempre
terá. Rico ou pobre, a vida sempre imporá condições, nada mais serão do que os
problemas pessoais de acordo com suas escolhas. Agora, adestrado é aquele que
não aceita pensar, engole já o que está preestabelecido, padronizado, pensado.
Para estas pessoas a vida é monocromática, não tem novidades, tudo é repetição.
Quanta gente adestrada! Pessoas adestradas pela mídia, pela política suja, pela
falsa religião, pelo trabalho escravo, pela cultura da malevolência do “jeito
brasileiro” de ser.
O povo brasileiro pacato, passivo, mal educado,
apolítico. Sou brasileiro, porém minoria hoje, mas a maioria em potencial no
amanhã, porque educado sou, mas apolítico não, senão não estaria escrevendo
este texto. Educação caminho salutar e único para qualquer nação em desgraça política.
Prof Ms Sérgio Augusto
Moreira
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