Mundo das Possibilidades

Mundo das Possibilidades - 09/05/06
Autor
: Sérgio Augusto Moreira – SAM φ

Desde quando vemos o que não queremos ver...
Estamos numa era em que não importa o que realmente é e sim o que parece ser, ou seja, a cultura do simulacro, o mundo de “faz de conta”...
A amada filosofia, delirante e sedutora que encanta com o brilho sutil do fascínio racional... razão... Razão, o que será?
Ela é a condutora de uma humanidade imortal. Oh! Luzes da sabedoria, que refletem a liberdade condicionada as letras de alguém um dia que pensou por primeiro, mas nem sempre quem pensou por primeiro será reverenciado em seu trono, mas será mesmo que pensou por primeiro?
Pois o diferencial e a multiplicidade das vontades, e sedes da busca incessante do saber, se revelam quando livremente em pensamento e ação manifestam a unicidade do ser em sua essência.... Quem sou eu? Quem somos nós? É preciso responder ou apenas vivenciar a pergunta?
Até quando temos que fingir que somos o que não somos, acreditar no que não acreditamos, atrás de palavras escondidas, está o eterno caminho das possibilidades. Possibilidades? É possível isto ou aquilo? Possivelmente assumo certezas impostas que nem sempre condizem a verdade que se manifesta aos meus pobres olhos. Ah! Incrédula alienação; vamos brincar que somos revolucionários sem uma certeza... Onde está o fundamento das possibilidades?
Será que a verdade sempre nos aprisionará em nossos “mundinhos” que não se abrem a porta da discussão, do diálogo, do enriquecimento cultural, racional, porque dizer o que é verdade o que não é? Compromissos com o possível? É possível?
O ponto ontológico do existir está no sentido pensado das palavras o qual manifestará não só o contexto, mas a compreensão e afetividade de um SER. A linguagem é usada como fins manipuladores egocêntricos, é possível comunicar a verdade e a liberdade não se comprometendo com nada?
O falar, o expressar, o comunicar pensado, fundamentado implica condicionar o teu ser em sua mente...
Quando penso, reflito as relações do possível, sinto na abertura do ser do abismo, a estreiteza do toque na singela dos perceptíveis do real...
Os fenômenos nos é atento... atento... atento... a atentar os atos que nos é visível no tangível do sentir, isto é possível? Sim, basta viver e ser um fenômeno do existir em seus passos no social e espiritual...
Fantasias, imaginação, alucinação e o que se faz sem o mundo das possibilidades; viajar nas constelações dos possíveis encontros do desconhecido (a física quântica que o diga), sem se preocupar com o dogmatismo das doutrinas religiosas e científicas, no intuito de estabelecer a concretude das relações do fenômeno das possibilidades no social-histórico-cultural.
O que estamos acostumados a ver ou não ver?
O que estamos acostumados a ouvir ou não ouvir?
O que estamos acostumados a fazer ou não fazer?
O que estamos acostumados a pensar ou não pensar?
O que estamos acostumados a julgar ou não julgar?
O que estamos acostumados a dizer ou não dizer?
Estar no mundo dos possíveis é com certeza escapar, libertar, enfrentar “o acostumar-se”...

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