É a vida?

Incomensurável Destino que aporta à porta de almas insignes,
Cidadela desmedida, não suportando submergir ao infinito das indecisões,
Das paixões funestas.

Natureza majestosa, complexa, como uma teia,
Cujo homem é apenas uma linha tecida,
E cujo autor desconhecido tece minuciosamente seu acaso.

Holística multifacetária, desordeira da ordem Cósmica;
Colapso caótico.
Muitas vezes emblemática, outras nuviosa;
Nem sempre contraditória, mas conhecedora de seus entraves.

Reclama em si um autonascimento
Engendrado casualmente de outros heteronascimentos díspares;
É por si e para si, raramente para o outro;
Mas outrora emerge um sentimento de alteridade branda,
Sem qualquer pretensão, antes cristã.

É totalidade tautológica.
Paradoxal e Paradigmática.
Conflituosa, porém deliberada.

Deleite constante, eterno;
Eros pulsante, fraterno.
Fortuna ordenadora, desconcertante;
Fatum ocasionado, malogrado.

Ataraxia desejante...

Rafael dos Santos Barbosa

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