Onde vai Parar...? (SAM – 11/11/09 – 23:57h)


. este redemoinho de insatisfações constantes no existir da mesmice e do cotidiano eterno (queremos que o tempo passe rápido, mas o que fazemos é um tédio porque é sempre a mesma coisa e sendo assim o tempo não passa tão rápido como queremos; e quando olhamos para trás ainda dizemos: Nossa! Como o tempo passa rápido) em prol de uma cultura da asnice, porque o burro é astuto?


.. esta bela aparência de que tudo está certo e que vai dar certo fundada numa confiança cega, surda e muda, tendo como caminho o absurdo, alimentando o vazio que já existe dentro de nós mesmos promovido por este sistema estéril caótico em que vivemos, onde tudo está “enquadrado”?


... esta crença na idolatria da idiotização de si mesmo com a ajuda da mídia em geral, produzindo idiotas bem sucedidos, e o pior, como estereótipos éticos a serem seguidos pela massa de egos enfraquecidos e de consciências acríticas?


. este sofrimento vivido ardente todos os dias ao deparar-me com o enfrentamento do cumprimento do meu dever, enquanto um ser que se preocupa com os outros (minha família), o trabalho que deve ser cumprido, não importando se você tem sentimentos ou não, se está doente ou não, se está triste com o próprio trabalho no sentido da corrupção de muitos no seu ambiente de trabalho, se está cansado ou não, se está aborrecido ou não com as injustiças dos próprios chefes/patrões tendo até cicatrizes emocionais graves, até incuráveis por causa do ambiente de trabalho, pois quanto mais quero sarar minhas feridas, mais elas se abrem, sendo assim impossível curar o que não se pode curar, somente com a fé pela fé?


.. esta juventude sem eira e nem beira fruto desta progressão continuada de uma política perversa e estatística e não qualitativa de nossos governantes, que caminham rumo a vida adulta, cuja sina é provar um pouco do fel da seriedade dos compromissos e responsabilidades de cada um de nós, sem mesmo termos a consciência de tais compromissos (faço porque me mandam, ou, apenas cumpro ordens), seguindo assim para caminhos mais obscuros possíveis pela a ausência de esclarecimento sobre o que sou? Para onde irei? O que faço realmente? Ou o que quero para minha vida de fato?


... esta pseudo felicidade que temos, quando ficamos contentes com as migalhas e misérias que nos oferecem : na Educação, na Família, na Religião, no Trabalho, no Relacionamento humano?


. este jovem cheio de energias que a vida lhe proporciona na esteira da metamorfose biológica do seu próprio corpo e mente? Que pena que esta geração se esvai com sua energia vital em aderir posturas de ridicularização de si mesmo! (É óbvio que não são todos os jovens, mas uma grande parte e uma minoria que se salva, por lutar pela sua individualidade.)


.. esta sociedade que cultua a rapidez, a nanificação tecnológica e a quantificação das informações (aceleração contemporânea do pensar e do ser no momento chamado instante)?


... esta política da apolitização do individuo descaracterizando-o frente a poderes reais na sociedade, mas acaba tornando-se uma alienado ético-moral-político?

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