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STATUS SOCIAL

   Para quem direciona o status social tão almejado quanto dinheiro no bolso?
  Para, uma gama de estúpidos, enciclopedistas, culturalmente falando, que acham que só o acúmulo de conhecimentos gerais e culturais são necessários para se auto-vangloriarem de sua imponência farsante, entretanto, mantém a sua arrogante posição social com seus gestos, suas falas, suas expressões que, na maioria das vezes, é conquistada com bajulamento pretensioso da elite "High Society" que endeusam a artificialidade formal cultural, demonstrando o quanto estais ou não preparado para frequentar a "High Society", até que ponto e momento, você (estúpido) arrogante, almeja alcançar status social tão rapidamente.
  O embasamento filosófico desta postura social é através do sistema capitalista tardio aliado ao neoliberalismo derrubando qualquer fronteira jurídica e política de qualquer nação em nome do Capital e da manutenção da cultura "High Society"; tendo em vista que nós meros trabalhadores mantemos os luxos destes hipócritas conhecidos por Platão de "bem nascidos", assim como o próprio Platão que veio do berço aristocrático ateniense. Será Platão um dos proto precursores da burguesia? Não, sempre houve o mais forte e o mais fraco, dentro da lei da natureza, e aqueles que foram sortudos, eu diria, que ele (Platão), foi um privilegiado e sortudo ao navegar na filosofia, mesmo sendo de família aristocrata ateniense.
     Mas, no entanto, o pior não são eles que apenas administram sua cultura lixo, hipócrita, vazia dos "bem nascidos", o pior é aqueles que não são "bem nascidos", e querem e buscam a ferro e a fogo, estar no meio da corja hipócrita da elite, e com isto, utilizam-se de fins sórdidos, como no conceito de política moderna com Nicolau Maquiavel, "os fins justificam os meios", enfim, não importa o que aconteça, e como aconteça, sempre estarei por cima e, nunca por baixo, pois, sonho em estar e pertencer a elite educada e fina aproveitando meu status social, é assim a maneira como eles pensam.
     Este sonho, pode se tornar um grande pesadelo, pois se perde algo valioso de um homem, a honra e o caráter em busca do status. E se continuar nesta busca, pertencerá sim ao arcabouço da hipocrisia, que na maioria das vezes, está hipostasiada na cultura ortodoxa religiosa de dogmas cristãos, afinal que Deus vocês, estúpidos arrogantes, servem? Deus Pai Todo Poderoso ou ao seu deus (seu inescrupuloso orgulho)?
     Suas bocas fedem e transbordam esgotos de falsidades; suas risadas sem graça transparecem o vazio que o transtornam continuamente, dia após dia; suas palavras frígidas entorpecem os mais fracos espiritualmente, pois sua base é o autoritarismo e o próprio medo de perder seu pseudo poder que vocês acham que obtém, que de fato, este medo demonstra o quão perdido vós estais, num labirinto escuro do seu ego inflamado de si numa combustão incessante pelo pseudo poder; seus gestos expressam a loucura espumante proveniente do seu interior todo alvejado, reflete um abismo itinerante cada passo dado a favor do seu maníaco e doentio querer poder, você está contaminado pela vaidade das vaidades; seu olhar enfurecido expressa, justamente, o desequilíbrio espiritual, mental e psicológico, com uma séria tendência a psicopatia social, mas também, uma tendência óbvia ao suicídio.
     O "fim" destes estúpidos disfarçados de "boa praça", "boa aparência", "bons modos" ou "modos educados", é o enclausuramento do "eu", até não suportar o mal cheiro de si próprio, com tanta hipocrisia, com tanta arrogância, pois ele está morto por dentro, é só a carcaça esteticamente falando, porque o interior já deteriorou com suas atitudes pérfidas e funestas de extremo orgulho, e é óbvio, tudo em nome do status, perde-se a humanidade em troca da "Aparência" pálida, opaca, sem vida diante do convívio social.
      Em nome do status, do prestígio social como dizia Max Weber, eu extermino quem estiver na minha frente, quem atrapalhar meu caminho, ou seja, está completamente louco alucinado por uma ideia banal que a filosofia neoliberal impõe a todos que vivem no regime capitalista. Com esta paranoia ambulante, o indivíduo fica cego e comete as maiores besteiras da sua vida, descontando toda sua frustração nas pessoas que mais ama, bom, pelo menos, achamos que amamos nossos pais, filhos e irmãos, mas, na realidade, se ele não ama a si próprio, como amará os mais próximos? 
     E para completar acusam Deus, como causador e culpado de toda suas frustrações? Deus não participa das nossas chulas e tolas escolhas que só vão nos prejudicar. Deus nos ama imensamente e ponto. Ele nos deu o livre-arbítrio, você pode escolher como viver, quer prova maior de amor que o "dom gratuito da vida" (poder viver) e dom do livre-arbítrio (poder escolher como viver), só que as consequências são todas tuas. Já dizia Santo Agostinho, "Sou livre quando sou responsável", se você não responder por seus atos, muito menos Deus fará por você, pois sua arrogância o cega, e o impede de ver o que realmente é essencial para viver, que é unicamente ser você.
     Mas, tu, arrogante, que com todo teu corpo, com toda tua alma, com toda tua energia prefere buscar algo  que é ofuscante e brilhante como uma pedra preciosa, um rubi, por exemplo, mas o que realmente importa não são as coisas visíveis e materiais, mas as invisíveis e visíveis para Deus pois concentra nas obras vindas da mais pura intenção do coração. No entanto, infelizmente, o status social, é uma droga inebriante e inefável na tua vida, arrogante!
     Olha o que comumente ele diz: Sou capaz de tudo, Eu sou meu próprio deus, eu posso tudo, pois tenho a favor de mim a razão como ordenadora e realizadora de todos os meus desejos, Sou eficiente e competente, o resto é lixo. Na história já presenciamos frases do orgulho exacerbado, ostentada pelo luxo do direito divino de ser incontestável  conforme Luis XIV da França ao dizer: "O ESTADO sou eu", pois, então, eu sou mais que o estado em tempos do absolutismo, ou seja, ainda hoje copiamos a exarcebação do indivíduo não no Estado, mas no próprio indivíduo, mesmo não sendo rei, compramos essa ideia que somos reis de nós mesmos, sim devemos ter o controle de nossas vidas, mas não temos o direito de passar por cima de todos com o nosso orgulho envaidecido. O orgulho é uma autovisão distorcida sobre o valor de si perante os outros, ou seja, sempre serei melhor. Será?
     A prepotência infinda é a primeira e única características destes hipócritas mal cheirosos. O lixo que sai deles, não serve e nem servirá para esterco, pois o que produzem efetivamente deles, é  só morte; e o esterco serve para fertilizar, crescer, mas, com este tipo de esterco não há fertilização, há mumificação e a morte.
     Na contrapartida, desta hipótese necrófila dos orgulhosos, temos o antídoto, a humildade, mas que eles nem querem, pois, é como a cruz e a água benta para as criaturas das trevas, o destroem rapidamente.
     A humildade é a virtude cristã/humana que deve ser praticada e conquistada a cada situação defrontada com paciência e tolerância. Sendo que, não é fácil, é treino. Já os arrogantes de plantão, se acham dono da verdade, o "O Fodástico", e tendo esta linha de pensamento, agem com violência e oprimem os humildes com sua sufocante retórica cadavérica, vazia de sentido, mas, completamente é comparada a um show pirotécnico enevoante para humilhar os pequenos, e se colocam como imagens frívolas e sem graça a serem seguidas como paradigmas do Business' World.
     Oh! Santa Estupidez! Tal busca incessante pelo status social, onde todos nós do século XXI, estamos interconectados, nitro-glicerados em nossa veia, em nossas vísceras, somos empurrados pela mídia que propagam no vácuo do senso comum através de nossas crenças supersticiosas ou religiosas as filosofias na corrente sanguínea social até chegar ao comando central nervoso e dar a ordem, seja um estúpido orgulhoso; e trilhem rispidamente ou aos solavancos no caminho conta gota da arrogância em nosso interior, em nossa mentalidade e transfira em atitudes egocêntricas perante o mundo e os outros, quem são os outros senão o reflexo de mim mesmo? quem são os outros senão meu arqui-inimigo? quem são os outros senão lobos selvagens querendo me devorar, já diria Thomas Hobbes? Quem são os outros senão deuses mitológicos querendo me petrificar como a medusa? Quem são os outros senão a fraca imagem dos meus erros ou dos meus acertos? Quem são os outros na esteira do tempo: Presente, passado e Futuro? Quem são os outros como qualquer outro animal irracional? Quem são os outros senão um estranho alienígena? 
     Isto tudo faz juz ao individualismo exacerbado contemporâneo, devido a existência dos Outros como extensão (como minhas mãos e minhas pernas), exemplo: (Um grande empresário em sua visão empreendedora, os funcionários são extensão de seus lucros, ou seja, tudo é dele, tudo é sua posse); de si mesmo, do que realmente eu sou enquanto indivíduo num sistema que foi modelado (capitalismo) para mim, então, nesta perspectiva, sou poderoso, tudo quero ter, possuir e aparecer e não ser. O ser não me importa.
      Mas, quem sou eu nesta confusão da ganancia exorbitante? Quem sou eu para os Outros? Quem sou eu para o mundo? Quem sou eu para minha família? Quem sou eu para o mercado? Quem sou eu para mim mesmo? Quem sou eu para Deus? Talvez estes questionamentos nos apontem para um caminho um pouco mais seguro e certeiro, sem ficar encantado e vislumbrado com os Outdoors do Status Social, como uma única saída, uma única meta e objetivo na vida. Saber quem sou eu deveria ser uma das premissas principais para não cairmos nas armadilhas deste sistema perverso e alucinante a cada epocalidade vivenciada na ausência de consciência crítica.
     Enfim, Eu quero ser não-eu, pois, na confusão do eu, EU apareço, dentro do objetivo da filosofia do status social. Sou um Fenômeno e não tenho nenhuma essência neste redemoinho chamado contemporaneidade, talvez um ponto itinerante podemos chamar de essência, mas isto ainda é muito pouco a dizer, para quem se contenta com pouco já está oferecido tal porção da essência.
     Encerro esta reflexão, conforme um filósofo dinamarquês Kierkegaard dizia: Não posso dizer EU.

Sérgio Augusto Moreira - 14/07/2011 - 2:00  a.m.
     

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