Mãe

Mãe, cadê você?

Mãe, cadê você?

Te procuro desesperadamente em meus pensamentos.

Te procuro a todo instante, em qualquer lugar.

Te procuro em meus sentimentos mais longínquos.

Te procuro em minhas lembranças na mais remota até a lembrança mais antiga.

Te procuro nas pessoas que encontro, que vejo, que falo.

Te procuro nos meus familiares.

Te procuro nas mulheres que me adotaram como mãe.

Te procuro nas fotos mais recente até nas mais antigas.

Te procuro em meu coração, e sim, é ali que te encontro, a tua essência está ali, em cada batida do meu coração, mesmo meu coração estando quebrado, estraçalhado, rasgado com a tua ausência física, te encontro mamãe.

Te encontro nas brechas do meu coração triste momentaneamente, entretanto, um coração alegre por ter tido uma mãe tão carinhosa, tão meiga, tão doce, tão amorosa. Por isso, a chamava de "puro amor".

Te encontro na alegria que ela, minha mãe, viveu neste mundo.

Te encontro no teu sorriso maravilhoso, feliz por eu existir, pelos meus irmãos e pelo meu pai também existirem.

Te encontro no teu jeito simples e único de ser, nas minhas eternas lembranças que vive com minha mãe.

Te encontro na alegria plena e na paz total que você se encontra agora.

Te encontro no teu abraço que nunca esquecerei.

Te encontro no teu olhar de amor pleno e misericordioso sempre para conosco seus familiares.

Te encontro, agora, em todas as partes, num dia ensolarado, numa folha verde da árvore, numa rosinha perfeita no jardim da minha casa, num pássaro voando, no vento que passa, na chuva que cai, num santinho de sétimo dia seu, Mãe, você cabe na minha mão, e também se perde na minha visão do horizonte.

Mãe, descobri que agora, você está em todos os lugares, e enxerga tudo de todos.

Te vejo, no olhar triste do meu pai, que sente a tua ausência.

Te vejo, no olhar da minha irmãzinha caçula, desconsolada, porque perdeu seu tudo que era você para ela.

Te vejo, no olhar do meu irmão, incrédulo, por não acreditar (como eu) que você não está mais fisicamente entre nós, mas está espiritualmente no meio de nós.

Te vejo, no olhar peralta e inquieto de sua netinha, perguntando diante de tudo isto, o que está acontecendo? Ou, no olhar puro e simples da outra netinha, nos afirmando que ela está felicíssima, onde ela se encontra.

Te sinto, quando estou sozinho cabisbaixo, pensando em você.

Te sinto, quando me questiono sobre tudo isto.

Te sinto, quando eu preciso de você, mãe, porque sei que estás comigo, estás conosco seus familiares.

Obrigado, Senhor, pela vida da minha mãe amada, pelo seu sacrifício por cada um de nós, seus familiares.

Daí-nos, Senhor, força, coragem e sabedoria para continuar vivendo sem esta rosinha maravilhosa do céu, que Tu, Senhor, colheste para ti, para embelezar o jardim do céu.

Eu te amo, minha mãe, BERZITA BRUERI MOREIRA.

Seu filho amado, Sérgio Augusto Moreira