"Somos todos drogados"


























Somos todos drogados.

Quem algum dia nunca tomou um remédio?
Ou, Quem não toma remédio todos os dias?
E quantos remédios você toma por dia?
E quais são estes remédios? Um para cada problema?
Porque tomamos tanto remédio?
Quando falo remédio, falo daqueles fabricados pela indústria farmacêutica.
Não sou contra os remédios, eles são necessários, o que sou contra aos exageros de remédios.
Aos hipocondríacos de plantão, qualquer dor de cabeça, toma um remédio, aliás, quando o nosso organismo já está quimicamente viciado, apenas uma pílula para dor de cabeça não resolve, tem que ser  duas ou três pílulas para melhorar um pouco, por que a dor de cabeça, já se tornou uma enxaqueca crônica.
O que estou querendo dizer, tomemos cuidado quando chamamos os jovens de drogados, pois, todos somos drogados. Somos todos viciados. Quem algum dia não toma remédio todos os dias? e os remédios controlados para a vida toda? Será quem os toma não pode ser considerado drogado ou drogada?
Afinal, o que são as drogas?
Alteração química em nosso organismo. Drogas (remédios) existem para curar não só o mal físico, mas também o mal psicológico, moral, mental e até espiritual. Contudo, as drogas não podem curar todas as doenças, mas os cientistas acham que podem curar até o mal da alma, que eles próprios criaram através da ciência moderna, com a aceleração contemporânea tecnológica, porém, não curam.
Por que existem a as drogas?
Simplesmente, para podermos suportar a realidade nua e crua da vida em sociedade em qualquer época e tempo. Como exemplo posso citar a "Odisséia" de Homero, com o personagem Ulisses "figura proto moderna da subjetividade" segundo Theodor W. Adorno, num episódio em que Ulisses e seus marujos aportam na ilha de Lótus e os marujos comeram da flor que brotava do pântano, chamado Lótus, a qual os gregos chamavam a flor do "esquecimento", dava uma sensação de euforia extrema, de alegria exacerbada, de tranquilidade, quase todos marujos provaram de Lótus,  menos Ulisses. Ulisses assistiu seus marujos embriagados, moles, perderam o sentido da realidade, e não queriam sair mais desta ilha, por isso, ele os abandonou.
Então, este episódio nos mostra já nesta época, os homens se perdiam nos efeitos alucinóticos da flor de Lótus, já eram drogados.
Quem de nós, hoje em dia, em alguns momentos de nossas vidas, gostaria de comer tal flor de Lótus para esquecer tais vivencias tão difíceis e sofridas?
Quem de nós, não gostaria de apagar as amarguras desta vida terrena?
O esquecimento é fonte de saúde mental, de certo modo, é nossa válvula de escape da pressão contemporânea da vida em sociedade do século XXI.
O que seria a doença do século, a depressão, senão, o próprio sentir  profundo das duras penas da vida nesta sociedade preconceituosa e neurótica, te impondo que tudo é urgente. Esta aceleração da vida descomunal é fator preponderante para entrarmos na depressão, pois, ficamos somente no automático, e perdemos o cuidado com o corpo, com a mente e até com a alma. Devemos ser nossos guardiães quando olhamos para dentro de nós mesmos e percebemos o tsunami que está dentro da gente, então é hora de parar e fazer uma auto-avaliação antes que seja tarde demais, traçar novas metas para sua vida quanto a sua saúde física, psicológica, mental e espiritual.
Toma-se anti-depressivo para justamente "esquecer" o sofrido, a frustração, o fracasso, que nada mais é, o resultado da pressão enorme que sofremos diariamente, em busca do abstrato (a Felicidade, o dinheiro, bens materiais), mas, percebemos que este abstrato não existe, ou, a meta que nos é imposta é inatingível. O anti-depressivo nos faz esquecer o ocorrido, ficamos anestesiados em relação a realidade, até recuperarmos a dita "normalidade" para vivermos em "harmonia" na sociedade.  Mas que harmonia é esta?
Será que vivemos numa sociedade de loucos ou vivemos numa sociedade de loucos "suportáveis" pelas drogas que tomamos diariamente? Será que estamos sendo todos controlados mentalmente e até instintivamente em nome da civilidade pré construída na incivilidade? 
O que não estamos percebendo de fato debaixo de nossos narizes? O Controle absoluto dos homens, via remédios para tudo, como: remédios para emagrecer, engordar, ficar feliz, ficar sem nenhuma dor,  ficar mais bonita(o), ficar controlado(a), entre outros.

Todos querem esquecer o que não se esquece, por isso, alguns se esquecem na bebida diariamente (droga lícita), cigarro diariamente, na comida compulsivamente (vício frenético provocado pela ansiedade altíssima) e depois compram remédio para emagrecer (com substâncias que comprometem o sistema nervoso), daí compram remédio para controlar os nervos desequilibrados por causa do remédio para emagrecer, enfim, caímos no vício frenético da vida artificial controlada pelas drogas.
Será que a realidade de nossa sociedade contemporânea está tão insuportável assim, ou, somos nós que permitimos vãs filosofias contaminar a nossa mente para ficarmos apavorados sem motivo nenhum?
Jesus Cristo é o Senhor, o Rei de todos os Reis.


O único remédio para nós, é Jesus Cristo, nosso Salvador.

Prof Ms. Sérgio Augusto Moreira 

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas